Pensamento:
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.
Mario QuintanaMensagem:
Bom Dia !Você alguma vez sentiu-se fazendo algo, com muita determinação, para alcançar um determinado objetivo, que depois descobriu que aquele objetivo jamais seria alcançado. Com isso foi tomado por um profundo sentimento de frustração?
Se isso já te aconteceu, quero que venha comigo, por que vou lhe apresentar à Maura, a quem carinhosamente sempre chamei de Maurinha.
Vamos embarcar nessa viagem ?
Maurinha chegou esta semana de uma viagem de 30 dias pela Europa. Eu a conheci já fazem mais de 12 anos, numa sala de aula do ensino técnico. Foi minha aluna. Naquela época ela trabalhava como auxiliar do gerente de produção de uma indústria de óleos essenciais. Esses óleos que são extraídos de diversos vegetais, utilizados em indústrias químicas, farmacêuticas e cosméticas.
Por isso, secretamente Maurinha alimentava um sonho de conhecer as perfumarias francesas.
No entanto como era de origem humilde e seu salário, mal dava para cobrir suas despesas pessoais e ajudar nas despesas da casa de seus pais, ela nunca alimentava com força seu próprio sonho. Aliás, muitas vezes fazia questão de sufoca-lo mesmo.
Sua condição na verdade foi mais um motivo, para permitir um relacionamento, com Franck, um senhor de meia idade, de origem alemã, que em visita a fabrica, resolveu aproximar-se dela. Maurinha, levada por um estado de carência, encantada com a possibilidade de conhecer outros países, pelas promessas de viagens feitas por Franck, acabou se envolvendo, apaixonou-se por ele e logo partiram do Brasil, para morar na Alemanha.
O sonho durou pouco mais de dois anos e meio. Quando um dia volta para casa dos pais e tenta recuperar seu emprego na indústria de óleos, onde foi novamente empregada, pelo conhecimento e experiência que possuía.
Após essa aventura e desilusão amorosa, tornou-se uma pessoa bastante amarga. Reclamava de tudo da vida, da má sorte inclusive no amor. Sempre que permitiam falar, reclamava do tempo perdido, principalmente das longas horas que se dedicava a estudar alemão, uma exigência de Franck, para que ela pudesse viver com ele, naquele pais de “língua enrolada”, como fazia questão de frisar.
Sua dedicação lhe rendera uma boa fluência na língua germânica, que agora também era motivo para reclamações. Por que na linha de produção, as pessoas mal falava o próprio português.
Os meses passavam Maurinha recolhida em sua amargura, não queria saber de diversão, de sair, de conviver com os colegas do trabalho, fora do ambiente da empresa, em finais de semana. Nem saída de casa por isso. Sentia vergonha, de ter sido uma fada, que voltou para o casebre humilde da família na periferia da cidade.
Mas um dia, uma mudança iria acontecer.
Chegou à fábrica um grupo de executivos estrangeiros, querendo conhecer os produtos daquela indústria, com interesse de iniciar um novo negócio de importação justamente para uma fabrica de cosméticos da Alemanha.
Porém o diretor de negócios da empresa, único executivo daquela que falava inglês e frances, fluentes e ainda falava um razoável alemão estava em viagem pela índia, numa pesquisa de essências exóticas naquelas terras. Assim, não tinha ninguém na empresa que pudesse atender aqueles executivos alemães e conduzir uma negociação, nem sequer fazer uma apresentação adequada da linha de produção da empresa e seus processos refinados de extração de essências.
Quando a secretária da diretoria, já em avançado estágio de desespero, em busca de uma agência de interpretes na cidade. Lembrou-se da funcionária da produção, a Maurinha, que nas raras oportunidades que compartilhavam a mesma mesa no refeitório, só reclamava da intensa dedicação que tivera para aprender o tal alemão, que de nada lhe adiantava agora, se não como uma triste lembrança de um coração partido.
Esta recordação, das conversas, fez com que chamasse o presidente da empresa e lhe falasse, dessa jovem que poderia ser a "salvação da lavoura" na intermediação com os executivos estrangeiros.
O presidente imediatamente mandou chamar a moça na fabrica e solicitou que conduzisse a interpretação da conversa entre os executivos alemães e a diretoria da empresa.
A conversa foi um sucesso, o negócio acabou concretizado naquela mesma semana. E Maurinha, não voltou mais para a linha de produção. Foi conduzida à sala da diretoria, onde foi lhe dado uma mesa de trabalho e promovida à assistente, por causa da fluência na língua alemã, ela passou a intermediar todas as conversas com o cliente daquele país.
No inicio do outro novo ano, recebeu da diretoria da empresa uma bolsa de estudos de secretária bilíngue, numa universidade local, onde aprendeu e tornou-se fluente em duas novas línguas, inglês e frances.
Hoje, Maurinha é diretora na empresa e nesta viagem que acaba de fazer pela Europa foi conhecer as indústrias de perfumes e cosméticos em diversos países. Seu sonho, muitas vezes sufocado na juventude, está realizado. Muitos outros, maiores, brotaram depois deste.
Maurinha está casada com o filho do presidente da empresa onde iniciou trabalhando como auxiliar de produção, mora num linda casa num dos bairros mais nobres da cidade. Seus pais já mudaram do humilde casebre da periferia para um apartamento de classe média.
Quando me encontrei com ela, nesta nova fase de sua vida, não resisti em lhe perguntar, se ainda havia mágoas das aulas de alemão. A resposta que recebi junto com um lindo e encantador sorriso, muito raro no rosto de Maurinha no passado, foi: “Eu estava sentado sobre um tesouro e reclamava por que tinha que cavar para chegar a ele”.
Percebeu agora , que muitas perdas que você considera em sua vida na realidade são ganhos?
Pense nisso...
Tenha um Bom Dia HOJE !
Sigmar Sabin
Professor e Aprendiz da vida
www.bomdiahoje.com.br
3 comentários:
Olá amiga, conhece o Sigmar? Ele é ótimo, uma pessoa maravilhosa. Faz um bem enorme as mensagens dele. Bjks
Oi querida
Um ótimo domingo para vc!
Beijos
Oi querida
Um lindo dia para vc!
Beijosss
Postar um comentário